Com quantos homens se faz um marido
(Pastora Rosângela Brito 02.04.2005)
Marido é coisa preciosa, minha irmã; e coisa muito mais preciosa que você pode imaginar
Resolvi consertar os objetos quebrados de minha casa, mas não pude contar com o meu marido que estava empenhado em trabalhos de pesquisa, sem poder ser interrompido
Levei o secador de cabelos para o eletricista, chamei o técnico para olhar a lava-louças e o técnico trouxe um especialista para rebobinar o motor da esteira–elétrica. Chamei o Silvinho para reparar as infiltrações das paredes e o forro dos armários. Aproveitei a bagunça para pedir ao Luciano para enrolar a palhinha desgastada do velho sofá de cana-da-índia. Como a casa ficou meio vazia, decidi renovar o sinteco e dar uma verificada geral nos interruptores queimados. Mandei renovar o verniz da ardósia da varanda e tirar os cupins das portas e quadros. O Fabinho veio dar uma podada na grama, e o Julimar cuidou das grades do canil. Quando a varanda ficou pronta, achei que estava pedindo um toldo e entreguei essa parte para o Alessandro fazer.
Organizei outras coisinhas, coisas pequenas mas que me demandaram outros tantos profissionais para realizá-las.
Sim, foram muitos homens, o que me levou a valorizar o meu marido, pois poucos deles seriam necessários e estes poucos, seriam bem melhor orientados se meu esposo estivesse com tempo disponível para isto.
Marido é coisa preciosa, minha irmã; e coisa muito mais preciosa que você pode imaginar.
Essas coisinhas materiais que ele faz, como: trocar as lâmpadas, levar seu carro para a oficina, sabendo exatamente o defeito e não permitindo que o mecânico lhe passe prá trás; essas buchas das torneiras que ele troca, essa cortina da janela que ele sabe colocar tão bem, e esse varal de roupas que ele habilmente instala, e outras coisas mais das quais não me lembro agora, não são as mais importantes que ele pode fazer. O melhor mesmo é o que ele representa espiritualmente para você:
- Ele a cobre e é o responsável pela sua honra.
Minha avó dizia que marido, ainda que seja um bêbado, é melhor do que não tê-lo. Uma amada amiga minha, já idosa, quando lhe perguntam pelo marido, responde assim: Ah, o Antônio tá lá coitado, aquele caquinho!
Mesmo que seu marido seja um caquinho, como o dela, amada, ele é seu marido. Ele é sua cobertura e proteção para os seus filhos, que doutra sorte seriam impuros. Ele é o sacerdote do seu lar. Ele é o que está na posição de amá-la como Cristo amou a igreja. Ele é o provedor que, com o suor do rosto, traz o sustento para sua casa. Ele é o valente que Deus lhe deu para defendê-la, como parte mais fraca, das feras do campo.
E se tudo isso não faz sentido para você, tal a ignorância dele, seu descaso, seu desinteresse ou a falta de conhecimento das suas responsabilidades morais conjugais e espirituais, confie naquele que é maior que seu marido, naquele que é o marido da solitária, que lhe deixou por breve tempo mas que torna a recolhê-la com grandes misericórdias.
Lembre-se de que esse é o marido que Deus lhe deu. Ele é o que substitui todos os homens da sua vida. É a ele que você deve amar, honrar e respeitar.
Pense nisso e que Deus a abençoe!
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