Com certeza prefiro abri-las!
Abrir as portas da alma,
Abrir as portas do sorriso,
Abrir as portas do coração,
Abrir as portas do amor,
Abrir as portas da paixão,
Abrir as portas do eu,
Abrir passagem para que a vida flua!
Nunca gostei de fechar portas!
Fechando as portas da alma, posso deixar Deus para fora!
Fechando as portas do sorriso, posso perder um amigo!
Fechando as portas do coração, posso me tornar insensível!
Fechando as portas do amor, posso não mais encontrar o caminho para outro amor!
Fechando as portas para a paixão, fecharei a luz que alimenta a vida!
Fechando as portas do eu, corro o risco de me trancar do lado de fora!
Fechando as passagens, a vida se encerra na amargura;
porque ao fechar tantas portas nós nos fechamos também!
Por isso creio em portas abertas, em sentimentos alados, que voam como as andorinhas para outras paragens quando o inverno lhes é rigoroso!
Sempre em nossas vidas teremos a vontade de virar a página, de fechar a porta, porém o que foi escrito continuará escrito e mesmo de porta fechada nós sabemos o que se esconde por traz dela!
Concordo que as portas foram feitas para serem abertas e fechadas ao nosso bel querer ou prazer, porém as portas da vida não, porque a partir do momento em que foram abertas nunca mais serão as mesmas, mesmo fechadas, pois sentimentos não se apagam, não se escondem, não se esquecem!
Daí eu crer em transpor os portais, porém nunca fechar as portas, virar a página, mas sempre na certeza de que nunca as apagarei, seja da memória, do peito ou da vida!
Renovar é preciso, mas sem perder o prumo, o ponto de partida, pois afinal cada fato de nossas vidas, de bem ou de mal, é um degrau que subimos em busca do aperfeiçoamento do ser e da plena liberdade;
mas como ser livre se fecho as portas?
Que você encontre no seu dia muitas portas abertas.
Rosamaria Cabral
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